sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quase 40% dos relacionamentos no Brasil não são formalizados



O Censo releva que o número de brasileiros que escolheram caminhos diferentes para estabelecer uma união cresceu 30% entre 2000 e 2010.


Números mostram que o brasileiro está se casando menos - no papel e no religioso.
Nem véu e grinalda, nem papel passado. Paola e Vítor decidiram viver juntos há 12 anos, sem formalidades. Mais do que um comportamento, no caso deles foi necessidade.
“Não dá para casar sem uma festa. Eu acho que vale mais a pena você gastar estes R$ 40 mil, no caso para quem não tem casa, dar uma entrada em um apartamento. Para quem já tem casa, mobiliar ela, comprar o que você precisa: uma geladeira, uma televisão de primeira qualidade”, diz Vitor de Barros.
“Não dá para você tentar do nada se endividar”, afirma Paola de Barros.
O Censo releva que o número de brasileiros que escolheram caminhos diferentes do cartório e da igreja para estabelecer uma união cresceu cerca de 30% entre 2000 e 2010. De cada 10 relacionamentos do Brasil, quatro não são formalizados. E o dinheiro realmente tem pesado na decisão, segundo o IBGE.
“É mais viável, quando você quer se juntar a alguém, fazer em termos de união consensual por conta de uns preparativos para um casamento civil ou religioso exigem mais dinheiro, mais posse”, explica Ana Lúcia Saboia, coordenadora da pesquisa.
No mesmo período em que a chamada união consensual aumentou, o casamento civil e religioso teve queda. E entre os que ganham menos, o casamento sem formalidades tem mais adeptos.
Ao todo, 48,9% dos casais em que cada um recebe até meio salário mínimo vive em união consensual. Já entre os que ganham acima de cinco salários, o percentual cai para 19,7%.
A religião também pesa na hora de escolher como vai ser o relacionamento: 59,9% dos casais que dizem não ter religião escolheram a união consensual.
Para a antropóloga Mirian Goldenberg, não é só o dinheiro que determina o tipo de casamento. O Brasil está mudando, e uma nova sociedade abre espaço também novos comportamentos.
“As pessoas estão casando mais vezes ao longo da vida. Eu acho que é um sinal de mais escolhas, mais liberdade, de outras formas de enxergar as relações amorosas e dizer assim: ‘O contrato é entre nós. Não do que outras pessoas querem de nós’”, afirma.
O que parece não ter mudado é como a maioria dos brasileiros escolhe o parceiro. Alma gêmea – revelam os números do Censo - não tem a ver só com amor: 68,2% dos brasileiros estão unidos a alguém da mesma escolaridade.
“Os comportamentos mudaram muito. As pessoas estão podendo escolher muito mais. Mas os valores demoram para mudar”, afirma a antropóloga.
isso e Uma Coisa Absurda pois as Pessoas estão esquecendo os princípios deixados por Deus 
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/quase-40-dos-relacionamentos-no-brasil-nao-sao-formalizados.html